terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O caso do padre Lancelotti

"Pedi a Folha que reencontrasse o equilíbrio na cobertura sobre acusações contra o padre Júlio Lancelotti. Notícia ruim para ele tinha destaque; boa não. Na 6ª feira ocultou-se em rodapé de página a conclusão do Ministério Público, de que o religioso foi vítima de extorsão, e não autor de crime." (Mário Magalhães, ombudsman da Folha de São Paulo)

Em outubro passado, o padre Júlio Lancelotti, denunciou uma quadrilha de jovens que o estavam extorquindo, e se viu transformado de vítima em réu ao ser acusado de pagar para manter relações sexuais com um menor. Ele que foi à polícia, ele que apresentou provas, mas a história que "colou" e foi para as primeiras páginas, ganhando manchetes e longos textos foi aquela baseada apenas nas histórias contadas pelos primeiros acusados, foi a baixaria inventada para destruir a imagem de um notório defensor dos direitos humanos.

No último dia 21, o Ministério Público de SP considerou o padre Lancelotti inocente, vítima de extorsão da quadrilha: "não resta dúvida de que os acusados associaram-se em quadrilha com a finalidade de praticar reiteradamente delitos contra" o padre.

Alguns jornais até que publicaram a informação, em pequenas notinhas escondidas entre tantas outras que pouca gente lê.

Saiba mais:
Vermelho.org - MP de SP considera padre Júlio Lancelotti vítima de extorsão
Luiz Weiss - Escondendo (de novo) o padre Júlio
Azenha - Assassinato de caráter: a Veja e o Padre Júlio Lancelotti

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