segunda-feira, 30 de junho de 2008

comunicado

amigos, infelizmente, como vocês já devem ter notado pela freqüência de posts, a verdade é que não tenho tempo para me dedicar a todos os blogs que criei, e este será sacrificado! não incluirei novos posts neste espaço. textos sobre o tema, que continua me interessando deveras, poderão ser eventualmente postados no meu blog pessoal.

como não consigo abandonar de vez a luta, deixo também o link para a pasta de ítens compartilhados do meu reader, em que pretendo destacar posts interessantes de gente mais ativa que eu (já que não tenho tempo pra escrever, assim eu poupo o copy'n'paste, ráite?)

nos vemos por aí, valeu!

domingo, 27 de abril de 2008

História e novidades do MSM

(por Eduardo Guimarães, fundador do MSM, em seu blog Cidadania.com)


Antes de comunicar a vocês uma novidade, quero explicar àqueles que começaram a ler este blog há pouco tempo alguma coisa sobre a ONG Movimento dos Sem Mídia.

O Movimento nasceu informalmente neste blog no início de setembro do ano passado. O país vivia um momento de grande tensão. Na semana em que propus aqui um ato público que originaria o MSM, repórteres fotográficos da Globo tinham conseguido perscrutar os lep tops dos ministros do Supremo Tribunal Federal reunidos em sessão no plenário daquela instituição para julgarem os que foram denunciados à Justiça por conta do escândalo do mensalão, entre os quais figurava o ex-ministro José Dirceu.

A gota d'água para que eu e os leitores deste blog consensuássemos que alguma coisa precisava ser feita para manifestar publicamente quantos setores da sociedade não suportavam mais a verdadeira chacota que a grande mídia estava fazendo do país, foi a declaração do ministro da Suprema Corte Ricardo Lewandovsky de que a instituição que integrava tinha votado com "faca no pescoço" pela aceitação de boa parte das denúncias do procurador-geral da República.

A cada post que eu escrevia, explodia o número de comentários indignados e essa indignação se espalhava pela blogosfera. Foi então que, no dia primeiro de setembro de 2007, escrevi um texto intitulado "Isso tem que parar", e publiquei aqui. O texto exortava os leitores do Cidadania a tomarem uma atitude.

Propus que nos cotizássemos para comprar um megafone para irmos para diante de um grande meio de comunicação ler um Manifesto, que me propus a escrever e o qual submeti ao escrutínio dos leitores do Cidadania. E propus que a manifestação fosse no décimo-quinto dia do mês, um sábado, às dez horas da manhã diante da sede do jornal Folha de São Paulo.

Enquanto os dias passavam, espalhava-se pela blogosfera a notícia de que um grupo de internautas reunidos em um blog, sob convocação do blogueiro responsável (eu) faria um tipo de ato solene que, até então, não acontecia desde, talvez, o momento imediatamente posterior ao suicídio de Getúlio Vargas, quando a população se revoltou contra meios de comunicação que o fustigaram até o desespero, ao ponto de terem provocado seu suicídio.

Nos dois ou três dias anteriores ao ato público, jornalistas como Luis Carlos Azenha (Vi o Mundo), Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada), Renato Rovai (revista Fórum), Ricardo Kauffman (Terra), a revista Caros Amigos, o Jornal Hora do Povo, o Portal Imprensa, o site Vermelho e muitos outros cobriam intensamente cada passo, cada preparativo para o ato diante da Folha.

Ao ato propriamente dito acorreram quase duas centenas de pessoas, algumas provenientes de outras cidades e até de outros Estados, como Santa Catarina e Rio de Janeiro. Alguns levaram os filhos pequenos, outros levaram pais idosos, outros mais mandaram fazer camisetas e faixas com bordões previamente acordados aqui no blog. Foi uma manifestação solene e, ao mesmo tempo, alegre. E, sobretudo, civilizada.

À partir das 10 horas daquela manhã ensolarada de sábado, as pessoas foram chegando e se juntando na calçada oposta àquela em que fica a sede da Folha, na Alameda Barão de Limeira, em São Paulo. Quando a larga calçada já não comportava mais gente, anunciei ao megafone que seria lido o Manifesto. Uma jornalista do veículo desceu com um fotógrafo e registraram tudo. A Folha deu uma nota de meia dúzia de linhas ao pé de uma extensa reportagem sobre um outro ato público, só que contra o governo Lula, que aconteceu no mesmo dia e reuniu a mesma quantidade de gente.

Os dias foram passando e, diante dos acontecimentos, propus aos leitores deste blog que transformássemos a atitude que tínhamos dado numa ação permanente da sociedade civil criando uma ONG, que chamaríamos de Movimento dos Sem Mídia. E convoquei uma assembléia constitutiva da ONG, que ocorreu em 13 de outubro do ano passado, menos de um mês depois do ato diante da Folha. Naquele dia, a ONG nasceu oficialmente.

Ainda fizemos outro ato público diante da sede das Organizações Globo em São Paulo e uma plenária com integrantes da ONG no Rio de Janeiro. E, no mês passado, o MSM protocolou na sede do Ministério Público Federal no Estado de São Paulo Representação contra vários meios de comunicação por terem promovido alarma social no caso da epidemia inexistente de febre amarela que, em janeiro deste ano, aqueles veículos venderam à população que estaria acontecendo no país.

Fui informado hoje (sexta-feira) à tarde, pela assessoria jurídica do MSM, de que a Representação ao Ministério Público Federal em 17 de março deste ano teve novo andamento. Receberei na próxima segunda-feira fotocópias do que foi acrescido ao processo investigativo aberto pelo MPF para investigar se Globo, Folha, Estadão, Veja, Isto É, Jornal do Brasil e Correio Brasiliense cometeram crime de alarma social, levando cidadãos a se vacinarem contra a febre amarela sem necessidade, o que provocou adoecimento e internação hospitalar de dezenas de pessoas e ao menos uma morte. Então reproduzirei esses documentos aqui.

Também quero anunciar que o site do MSM está em fase de conclusão. Devido às dificuldades financeiras que tem uma ONG ainda nascitura, tive que me virar, por conta de minhas obrigações como presidente, para conseguir fazer o site dentro de nossas limitações orçamentárias. Graças ao diretor da ONG Ricardo Veronez, que é webdesigner, pudemos fazer o site, até agora, sem grandes custos. Até meados de maio, portanto, deverá entrar no ar o site do MSM.

Essa é a história que uma entidade da sociedade civil está escrevendo. Essa centena e meia de homens e mulheres de todo pais filiados ao MSM e que contribuem para sua sobrevivência, com sua fé na causa que os convoquei a abraçarmos, honraram-me elegendo-me presidente da organização. Meu mandato terminará em cerca de um ano e meio e, até lá, quero entregar, pronto e acabado, um instrumento da sociedade civil com site, atos, uma biblioteca própria, uma sede e recursos para que a sociedade possa reagir aos abusos da mídia.

Observação: o marco inicial do MSM, com fotos e detalhes, pode ser encontrado no arquivo deste blog na data 15 de setembro. Para acessar esses arquivos, clique aqui.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

"Caso Isabella virou novela doentia"


fonte da charge: tinta china
fonte do texto: terra magazine

Por Claudio Leal

A morte de Isabella Nardoni, 5 anos, deu início a uma novela midiática à procura de desfecho. Em 29 de março, a menina morreu após uma queda da janela do apartamento do pai, Alexandre, na Zona Norte de São Paulo. A polícia investiga a autoria do crime e tem como principais suspeitos o pai e a madrasta de Isabella, Anna Carolina.

Há indícios de que ela tenha sido assassinada. Esse é o enredo central. O resto, segundo o antropólogo Roberto Albergaria, é a construção de uma novela "trágica" e "doentia".

Doutor em Antropologia pela Universidade de Paris VII e professor da Universidade Federal da Bahia, Albergaria critica os exageros da cobertura midiática e aponta uma abordagem "classista" e "racialista" do crime. "Porque é uma menina de classe média, bonitinha, e aí vem a estética", afirma.

- Há um lado doentio, e quem alimenta essa doença, que se tornou uma epidemia como a dengue, é a própria mídia. Porque há um viés "comunicacionista" ao se alimentar de forma mórbida uma história trágica. E transformar essa história trágica numa novela, no mesmo estilo das novelas das grandes televisões: mexicana.

Reviravoltas, vídeos da menina, sangue nas camisas, testemunhas surpreendentes (o garçom do bar em que a tia de Isabella estava no dia da morte), os parentes, os vizinhos (personagens fatais na obra de Nelson Rodrigues), compõem o painel da novela. Para Albergaria, o crime virou "metade da pauta da mídia durante semanas e semanas".

- O caso da menina veio a calhar para a mídia porque junta todas essas determinações: o classismo, o racialismo, o infantilismo... E, sobretudo, o "comunicacionismo", uma das coisas mais doentias que existe hoje. É você explorar algumas misérias, seletivamente, como forma de emocionar as multidões.

O antropólogo enxerga outra distorção: ajudada pelo mistério, a novela em que se transformou o caso Isabella vale mais do que os fatos, e tira do debate público temas mais relevantes.

- A mídia é o grande filtro. O espaço ocupado por essa menina é o espaço retirado de coisas muito mais importantes para a vida coletiva. Mas isso é um fato emocionante. A emoção vale mais do que a razão. A novela, o enredo, vale mais do que o fato - analisa Albergaria.

Clique aqui para a íntegra da entrevista.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

IstoÉ manipula foto para proteger Serra

(Fonte: Agência Brasil de Fato)

(clique na foto para ampliar)

A revista IstoÉ desta semana mostra – para poucos – que a campanha eleitoral já começou e de que lado está. Para proteger o PSDB e o governador de São Paulo, José Serra, a publicação, contrariando todas as regras do jornalismo, apagou a inscrição "Fora Serra" de uma foto feita durante um protesto do MST e do MAB contra a privatização da Cesp.

Mais que isso, o resultado visual inverte o significado da imagem que traz uma placa de trânsito "Pare", como se quem devessem parar fossem os movimentos, e não as privatizações.

A adulteração de uma foto – passível de processo pelo detentor de seus direitos autorais, no caso a Folha de São Paulo – é plenamente possível hoje em dia com o uso de um programa para tratamento de imagens, como o Photoshop por exemplo, mas é prática condenada no meio jornalístico. O fato escancara o poder de influência camuflada que os meios de comunicação de massa tem para atuar como o que vem sendo chamado de "Partido da Mídia" (PM).

A foto adulterada, de autoria do fotógrafo Cristiano Machado, ilustra a matéria "O MST contra o desenvolvimento" e mostra integrantes de movimentos sociais bloqueando a rodovia Arlindo Bétio, que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul e Paraná, em protesto contra a privatização da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), no dia 24 de março.

A legenda diz "A exemplo do que ocorreu em São Paulo, em protesto contra a privatização da Cesp, os sem-terra prometem parar estradas em todo o país nos próximos dias".

A reportagem assinada por Octávio Costa e Sérgio Pardellas criminaliza os movimentos sociais sustentando que "os sem-terra ameaçam empresas e investimentos que geram empregos e qualidade de vida", sem mencionar que a Aracruz Celulose, a Monsanto, a Cargill, a Bunge e a Vale – citadas pela matéria como exemplos de empresas prejudicadas – respondem a acusações de destruição do meio ambiente, desrespeito aos direitos de povos tradicionais, como quilombolas e indígenas, e exploração de trabalhadores. A matéria tenta desautorizar o MST como um ator político que vá além da luta pela reforma agrária. Diz que "desde 2006, o MST lidera ataques à globalização, ao neoliberalismo e às privatizações – algo que nada tem a ver com a sua luta original".

Nada é por acaso

A editora Três, que publica a revista IstoÉ, é controlada pelo acionista majoritário do banco Opportunity, Daniel Dantas. O banqueiro tem ligações com fundos de pensões, além de uma participação ativa no processo de privatizações de estatais sobretudo durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 2007, Dantas superou a concorrência da Rede Record e comprou 51% das ações da editora Três, que estava à beira da falência.

O banqueiro tem uma trajetória de proximidade com outros partidos de direita como o DEM, sobretudo com o falecido político baiano Antonio Carlos Magalhães. Também foi sócio do publicitário tucano Nizan Guanaes. Por diversas vezes, foi alvo de investigações e respondeu a crimes como espionagem e formação de quadrilha. Quando estava à frente da Brasil Telecom, foi acusado de contratar a empresa Kroll para espionar a Telecom Italia.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Na íntegra, o dossiê contra o casal FHC

(do blog do Noblat)

A VEJA revelou há duas semanas a existência de um dossiê montado pelo governo sobre despesas sigilosas do casal Fernando Henrique e Ruth Cardoso na época em que ele morava no Palácio da Alvorada.

Na semana passada, a Folha de S. Paulo publicou que o dossiê foi produzido por auxiliares da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil.

Tanto a VEJA quanto a Folha citaram algumas informações reunidas no dossiê. Mas nenhum veículo até hoje o publicou na íntegra - sequer parcialmente.

É o que faz agora este blog. Clicando no pé desta nota, você poderá conhecer na íntegra o dossiê que circulou no Congresso e que foi vazado pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Limitei-me a escanear o dossiê. E a inserir o logotipo deste blog entre cada uma de suas páginas.

O dossiê lista 35 despesas feitas pela ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Elas ultrapassam por pouco a casa dos R$ 53 mil.

Por sinal, dona Ruth é o nome mais ilustre citado nas 13 páginas de planilhas com gastos dos anos de 1998, 1999 e 2001. Não aparecem gastos referentes a 2000 e 2002.

Com exceção de um porta-retrato no valor de 100 dólares dado de presente a um oficial colombiano, as demais despesas de dona Ruth têm a ver com o aluguel de carros.

Como adiantou, ontem, o blog, existe uma parte do dossiê que permanece inédita.

Segue, aqui, a íntegra do dossiê que tem causado tanto barulho dentro e fora do Congresso. Duas das 13 páginas foram reunidas em uma só.

Você poderá abrir o arquivo só para ler ou baixá-lo se preferir. Aumente o tamanho das letras para ler melhor.

Leia mais:
Foi a oposição que divulgou dossiê do governo contra FHC
Álvaro Dias se recusa a entregar sua fonte
Álvaro Dias: Quem deve estar chateado é Lula
Notícia é para ser publicada. E ponto

terça-feira, 1 de abril de 2008

Abaixo-assinado contra o Trabalho Escravo no Brasil

Texto do abaixo-assinado:

"O Congresso Nacional tem a oportunidade de promover a Segunda Abolição da Escravidão no Brasil. Para isso, é necessário confiscar a terra dos que utilizam trabalho escravo. A expropriação das terras onde for flagrada mão-de-obra escrava é medida justa e necessária e um dos principais meios para eliminar a impunidade.

A Constituição do Brasil afirma que toda propriedade rural deve cumprir função social. Portanto, não pode ser utilizada como instrumento de opressão ou submissão de qualquer pessoa. Porém, o que se vê pelo país, principalmente nas regiões de fronteira agrícola, são casos de fazendeiros que, em suas terras, reduzem trabalhadores à condição de escravos - crime previsto no artigo 149 do Código Penal. Desde 1995, mais de 28 mil pessoas foram libertadas dessas condições pelo governo federal.

Privação de liberdade e usurpação da dignidade caracterizam a escravidão contemporânea. O escravagista é aquele que rouba a dignidade e a liberdade de pessoas. Escravidão é violação dos direitos humanos e deve ser tratada como tal. Se um proprietário de terra a utiliza como instrumento de opressão, deve perdê-la, sem direito a indenização.

Por isso, nós, abaixo-assinados, exigimos a aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional 438/2001, que prevê o confisco de terras onde trabalho escravo foi encontrado e as destina à reforma agrária. A proposta passou pelo Senado Federal, em 2003, e foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados em 2004. Desde então, está parada, aguardando votação.

É hora de abolir de vez essa vergonha. Neste ano em que a Lei Áurea faz 120 anos, os senhores congressistas podem tornar-se parte da história, garantindo dignidade ao trabalhador brasileiro.

Pela aprovação imediata da PEC 438/2001!"

CLIQUE AQUI PARA ASSINAR

Este abaixo-assinado é de responsabilidade do "Movimento Nacional pela Aprovação da PEC 438 e pela Erradicação do Trabalho Escravo".

Integram o movimento: a Subcomissão de Combate ao Trabalho Escravo no Senado Federal, Subcomissão de Combate ao Trabalho Escravo, Degradante e Trabalho Infantil na Câmara dos Deputados, Secretaria Especial dos Direitos Humanos, OIT, CPT, Fórum Nacional da Reforma Agrária, MST, Via Campesina, Contag, Fetraf, Coetrae-MA, Coetrae-TO, CDVDH, CRS, Sinait, Anamatra, ANPT, ANPR, AMB, Ajufe, OAB, Abra,Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo, Movimento Humanos Direitos, Repórter Brasil, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, entre outros.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Top, top, top, ó PIG!




Avaliação positiva do governo Lula atinge maior nível desde 2003, diz CNI/Ibope
(da Folha Online)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou avaliação positiva de 58% em março deste ano, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira. O índice é o mais alto desde março de 2003, primeiro ano de Lula na Presidência da República. Somente 11% dos entrevistados avaliaram o governo federal como ruim ou péssimo, enquanto 30% consideraram a condução do governo como "regular".

Em dezembro de 2007, na última edição da pesquisa CNI/Ibope, a avaliação do governo foi de 51%. Em março de 2003, o índice de aprovação ao governo federal também foi de 51% – o que foi considerado pela CNI/Ibope como um crescimento considerável para a avaliação do governo federal.

Já a aprovação ao presidente Lula também cresceu em março deste ano. No total, 73% dos entrevistados aprovam a maneira do presidente governar o país. O índice também foi o segundo melhor registrado pela pesquisa.

Somente em março de 2003, a avaliação pessoal do presidente obteve índice maior, de 75%. Em março do ano passado, a avaliação de Lula foi aprovada por 55% dos entrevistados.

Confiança

No mesmo índice de crescimento, a confiança no presidente registrou índice de 68%, enquanto apenas 28% dos entrevistados afirmaram que não confiam em Lula.

Em dezembro do ano passado, o índice de confiança no presidente foi de 60%. Já em abril de 2006, o índice registrou 62%.

Segundo a CNI/Ibope, o movimento expressivo das avaliações positivas também repercutiu na expectativa em relação ao segundo mandato de Lula. Dos entrevistados, 42% afirmaram que o atual mandato de Lula está sendo melhor que primeiro. O percentual dos que consideram o segundo mandato pior que o primeiro caiu de 21% em dezembro para 16%.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre os dias 19 e 23 de março, em 141 municípios. A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos.

sábado, 22 de março de 2008

Luis Inácio falou...

"Esses dias eu recebi aqui o ex-presidente de Portugal, Mário Soares. Ele veio aqui, como jornalista, fazer uma entrevista para a TV Pública de Portugal. Ao se sentar, no meu gabinete, ele falou assim para mim: 'Presidente, eu não estou entendendo. Eu leio a imprensa estrangeira e vejo que o Brasil está muito bem, eu converso com empresários estrangeiros e vejo que a economia brasileira está muito bem. Mas quando eu leio a imprensa brasileira eu penso que o Brasil acabou, parece que acabou o Brasil'."

(...)

"Em três anos já colocamos 360 mil jovens na universidade, jovens pobres da periferia e da escola pública. De que eu era acusado? Qual era a acusação que me faziam? "O presidente Lula está nivelando o ensino por baixo, está rebaixando o nível do ensino no Brasil, na medida em que criou o ProUni." Como eu sou católico e tenho sorte, três anos depois foi feita a primeira avaliação dos cursos universitários brasileiros. Em 14 áreas, incluindo Medicina e Engenharia, os melhores alunos avaliados foram, exatamente, os que iam nivelar por baixo a educação no Brasil: foram os alunos do ProUni, da periferia deste País."

(...)

"Aconteceu que a indústria automobilística corre o risco de, já no próximo ano, atingir a totalidade da sua capacidade produtiva. Hoje, as pessoas estão esperando 6 meses para comprar um caminhão, se for um caminhão pesado, espera até 9 meses. As pessoas estão na fila para comprar carro. Até ontem, a empresa ia quebrar: 'eu vou embora do Brasil, porque não está dando para vender'."

(...)

"E eu poderia perguntar: quanto custa para o Estado deixar essa pessoa vivendo no século XVIII quando nos poderíamos trazê-la para o século XIX com um cabo, um poste e um bico de luz? (...) Ou nós colocamos esse dinheiro, dando uma ajuda para eles e formando-os profissionalmente, ou o narcotráfico e o crime organizado vão oferecer a eles o que o Estado não oferece. Essa guerra eu não quero perder. Eu quero ganhar."

(...)

"Na hora em que o Estado cumprir com as suas obrigações, podem ficar certos de que as próprias pessoas vão tratar de exigir que o Estado seja cada vez menos intrometido nas coisas que não precisa se intrometer. Mas sem o Estado não haverá inclusão social neste País, sem o Estado a gente não consegue recuperar um século de descaso com parte da população mais pobre deste País. E é por isso que nós estamos vivendo este momento."

(...)

Clique aqui para ler o post completo com o discurso e as respostas do presidente Lula a indagações de um grupo de jornalistas que a revista Economist reuniu, em Brasília, no dia 12 de março de 2008.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Mino Carta deixa o IG em solidariedade a PHA

O último post

Meu blog no iG acaba com este post. Solidarizo-me com Paulo Henrique Amorim por razões que transcendem a nossa amizade de 41 anos. O abrupto rompimento do contrato que ligava o jornalista ao portal ecoa situações inaceitáveis que tanto Paulo Henrique quanto eu conhecemos de sobejo, de sorte a lhes entender os motivos em um piscar de olhos. Não me permitirei conjecturas em relação ao poder mais alto que se alevanta e exige o afastamento. O leque das possibilidades não é, porém, muito amplo. Basta averiguar quais foram os alvos das críticas negativas de Paulo Henrique neste tempo de Conversa Afiada.
(Mino Carta)

Mais sobre a demissão do PHA:
No blog do Eduardo Guimarães: Demissão de PHA
No site Vi o Mundo: "Não se dispensa 3 milhões de páginas vistas"
"IG fez com Paulo Henrique o que nem a Globo fez comigo"

Esclarecimentos de Paulo Henrique Amorim

ESCLARECIMENTO I

"O iG rescindiu meu contrato que ia até 31 de dezembro de 2008. O Conversa Afiada continua o mesmo – e mais livre, aqui, neste novo espaço.

Seja bem-vindo!

Paulo Henrique Amorim"

ESCLARECIMENTO II

O Conversa Afiada ficou fora do ar por 08 horas e 58 minutos.

Breve, escreverei um Máximas e Mínimas para tentar explicar o que aconteceu.

O iG se limitou a enviar uma notificação assinada por Caio Túlio Costa, para avisar que o contrato se rescindia de acordo com cláusula que previa um aviso prévio.

Não é a primeira vez que me mandam embora de uma empresa jornalística.
Só o Daniel Dantas me "tirou do ar" duas vezes: na TV Cultura e no Uol.
E ele sabe que não vai me tirar, nunca...

Com isso, se encerrou a vida deste blog num portal da internet.
Nenhum blog de relevância política nos Estados Unidos, por exemplo, está pendurado num portal.

Clique aqui para ver: http://www.huffingtonpost.com ou http://www.talkingpointsmemo.com, para ficar em dois dos melhores exemplos.

Essa é a virtude a internet: último reduto do jornalismo independente.

Assim, se você acha que o Farol de Alexandria e o presidente eleito são dois impostores; se você gosta do Festival do Tartufo Nativo; se acha que o PIG, além de ilegível, não tem salvação; que os portais da internet brasileira são uma versão – para pior – do PIG; que a Veja é a última flor do Fascio; que o Ministro (?) Marco Aurélio de Mello deveria ser impeached; que Daniel Dantas deveria estar na cadeia;que Carlos Jereissati e Sergio Andrade vão ficar com a "BrOi" sem botar um tusta; que a "BrOi" significa que o Governo Lula vai tirar Dantas da cadeia; que chega de São Paulo, porque está na hora de um presidente não-paulista etc etc etc ... se você acha tudo isso, continue a visitar o Conversa Afiada neste novo e renovado espaço.

Em tempo: o Conversa Afiada anuncia publicamente que não é candidato a nada no iBest. Nunca levou isso a sério. Não vai ser agora que vai levar.

Muitas novas atrações virão.

Até já !

Paulo Henrique Amorim
"


NOTA MINHA:

Não concordo com tudo o que diz Paulo Henrique Amorim, mas - ciente de lançar mão de um clichê clássico - defendo até o fim o direito que ele tem de dizer o que pensa. A atitude do iG foi, no mínimo, vergonhosa e sem-caráter. Divergências são normais, mas escurraçar um profissional dessa forma, sem qualquer respeito para com seu trabalho e - tão importante quanto! - seus leitores, é muito baixo. PHA está melhor agora.

terça-feira, 18 de março de 2008

Paulo Henrique Amorim é demitido do P(ortal) IG


Do site Vi o Mundo, grifos meus:

O jornalista Paulo Henrique Amorim confirmou por telefone que foi demitido pelo portal IG por fax. De acordo com o jornalista, ele foi informado por volta das 17 horas de que o portal não mais hospedaria o "Conversa Afiada", que imediatamente sumiu do ar. Quem tentou acessar o site a partir daquele momento deu com a tela acima.

O jornalista disse que não poderia gravar entrevista por não ter consultado seu advogado.

Paulo Henrique Amorim, que também é repórter da TV Record, é crítico constante tanto de José Serra quanto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Também tem disputas judiciais tanto com o banqueiro Daniel Dantas quanto com o comentarista Diogo Mainardi, de Veja.

O "Conversa Afiada" lidera a votação do prêmio Ibest, promovido pelo próprio IG, na categoria Cidadania, sites de política.

(...)

Ontem o jornalista deu uma palestra a sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores, a CUT. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, José Lopes Feijó, disse "estranhar" a forma com que o Conversa Afiada foi tirado do ar. Disse que já enviou uma mensagem de solidariedade ao jornalista e que, se PHA confirmar que foi vítima de censura, a CUT pretende iniciar uma campanha "para entupir o IG de protestos".

O Portal Imprensa diz que Paulo Henrique Amorim foi tirado do ar por dar "baixa audiência", baseando-se em uma fonte anônima.

(...)

Por telefone, Paulo Henrique Amorim disse que, se há problema de audiência, "é do IG"; considerou "sacanagem" a nota publicada no Portal Imprensa e disse que pretende responder através de seu novo endereço, que entra no ar nas próximas horas.

De acordo com o jornalista, será em http://www.paulohenriqueamorim.com.br.

segunda-feira, 17 de março de 2008

O Caso Veja: o mais recente factóide

"O último factóide da revista, aquele em que aparentemente fez cair a ficha da mídia em relação ao festival de ficções da revista, envolveu diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF).

Foi a matéria "A sombra do estado policial", de Policarpo Júnior, capa da edição de 22 de agosto de 2007, ainda dentro do clima conspiratório herdado da campanha eleitoral.

Como sempre, capa, manchete, submanchete, tudo recendia a conspiração.

Com um factóide, a revista conseguiu criar outro factóide, a CPI do Grampo, e impedir a CPI da Veja.

Leia o último capítulo aqui no Blog (clique aqui).
Ou no Google Pages: clique aqui
No Blog do Justo: clique aqui
No do Dimas: clique aqui"

Fonte: Blog do Nassif

MSM vai ao MP contra o PIG pela suposta epidemia de febre amarela

A ONG "Movimento dos Sem Mídia" protocola nesta segunda-feira, dia 17, uma representação no Ministério Público Federal contra o alarmismo da mídia ao noticiar uma suposta epidemia de febre amarela no Brasil.

O presidente da ONG Eduardo Guimarães disse em entrevista ao Conversa Afiada que o objetivo é que o MP investigue o papel dos meios de comunicação na divulgação de casos de febre amarela (clique aqui para ouvir o áudio).

"Vamos pedir ao Ministério Público que investigue a nossa teoria. Estamos oferecendo elementos para eles, que é o noticiário, vídeos de programas e telejornais, matérias de jornal. E estamos pedindo ao Ministério Público que investigue", disse Guimarães.

Segundo Eduardo Guimarães os principais focos da representação são: Organizações Globo, Grupo Estado, Grupo Folha, Editora Abril, Correio Braziliense, Jornal do Brasil, Veja e IstoÉ.

Guimarães disse que a imprensa deu uma repercussão exagerada aos casos de febre amarela e provocou um alarmismo entre a população. Segundo ele, essa postura da mídia provocou pelo menos uma morte.

"Essa pessoa não iria viajar para nenhuma área de risco, tinha um organismo incompatível com a vacina e, assustada pelo noticiário alarmista... De fato houve um alarmismo reconhecido pelo ombudsman da Folha de S. Paulo, reconhecido até pela própria Folha de S. Paulo, num editorial dizendo que a hipótese de epidemia tinha sido magnificada pela mídia", disse Guimarães.

Guimarães comparou o episódio da febre amarela deste ano com a epidemia que ocorreu em 2000. Segundo ele, naquele ano o Ministério da Saúde confirmou 85 casos e 40 mortes causadas pela febre amarela. "E você nota que lá atrás não foi feito alarmismo nenhum. E hoje foi feito uma verdadeira guerra na imprensa, dizendo que haveria essa epidemia", disse Guimarães.

Eduardo Guimarães disse que se a investigação do MP provar que a imprensa provocou um alarmismo na população, a ONG "Movimento dos Sem Mídia" vai pedir, na Justiça, o ressarcimento do erário público, que gastou com vacinas e atendimento hospitalar a pessoas que tiveram problemas causados pela vacina.

(Do site Conversa Afiada. Clique no link para ler também a íntegra da entrevista com Eduardo Guimarães)